Todo vinho é saudável?
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- Categoria: o vinho e a saúde
Que o vinho traz benefícios reais à saúde, quando consumido com moderação, parece que quase todo mundo já sabe. Mas será que existem alguns vinhos mais saudáveis do que outros?
O segredo está na quantidade de componentes antioxidantes presentes em cada taça, como procianidinas e resveratrol, encontrados principalmente nas cascas e nas sementes das uvas. E todos os tipos de vinho possuem esses componentes, em maior ou menor escala.
E não custa nada saber identificar quais vinhos podem ser os mais saudáveis!
Pela variedade da uva
A cepa considerada a mais saudável de todas é a Tannat, com sua casca grossa e quantidade de sementes superior à média. A Tannat apresenta 5 sementes por bago, enquanto outras uvas normalmente têm apenas 2 ou 3. Outras cepas que se destacam pelo maior potencial de benefício para a saúde são, por exemplo: Cabernet Sauvignon, Malbec e Shiraz.
Por outro lado, algumas cepas naturalmente apresentam menos componentes antioxidantes, não tendo, portanto, o mesmo potencial benéfico: Cabernet Franc, Zinfandel / Primitivo, Grenache e Gamay.
Pela cor do vinho
Como os polifenóis do vinho estão presentes nas sementes e cascas das uvas, o estilo de vinificação também afeta o valor benéfico de cada vinho. Sendo assim, quanto maior o tempo de contato com as cascas e as sementes, mais saudável tende a ser o vinho. Do ponto de vista da vinificação, ponto positivo para o vinho tinto, então, que tende a apresentar mais antioxidantes que os outros tipos de vinho.
Mas engana-se quem pensa que somente vinhos tintos são saudáveis. Até porque existem vinhos brancos produzidos a partir de uvas tintas, como a Pinot Noir.
Quer exemplos? Um interessante estudo sugere que o consumo de vinho espumante pode fazer bem à nossa memória. Para ler sobre isso, clique aqui. Um outro estudo simplesmente não encontrou diferenças significativas nos resultados benéficos obtidos pelo vinho tinto e pelo vinho branco. Leia sobre isso, clicando aqui.
Pelo tamanho da produção
Pequenas produções artesanais, como os vinhos de autor, costumam gerar vinhos mais saudáveis que os grandes lotes de produção comercial.
Por quê? Porque os processos de fermentação e de maceração costumam ser mais duradouros, nesses casos, onde a economia de tempo não é um fator decisivo na produção. E, com maior tempo de contato com as cascas e as sementes, maior a concentração de antioxidantes, no vinho.
Pelo local de origem
Sem nos esquecermos de que é uma generalização, é possível ter uma orientação dos vinhos mais saudáveis, até pela sua origem.
Australianos tendem a ter menores níveis de procianidinas, mesmo quando produzidos com a tânica uva Shiraz. Os tintos de Bordeaux e da Borgonha estão entre os moderados, assim como os vinhos espanhóis.
Italianos do sul, incluindo os vinhos da Sicília e da Sardenha, em geral têm altos níveis de procianidinas, assim como os do sudoeste francês. Um destaque para os vinhos franceses de Madiran, que são produzidos com a uva Tannat.
Os californianos produzidos com Cabernet Sauvignon e os Malbec argentinos também costumam ter alguns dos mais altos níveis de antioxidantes.
Mas sempre vale ressaltar: o consumo de vinho deve ser sempre moderado e responsável. Mesmo assim, apesar dos inúmeros benefícios à saúde, ele não é indicado para todas as pessoas. Na dúvida, consulte um médico.
E saúde!
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